A mobilidade elétrica pode estar crescendo em um ritmo rápido em todo o mundo, mas pode levar algum tempo até que os carros eletrônicos se tornem populares.

Dos mais de 5,1 milhões de carros elétricos nas estradas em todo o mundo, quase dois milhões de carros elétricos foram vendidos na China, Europa e Estados Unidos no ano passado. A Agência Internacional de Energia tem como objetivo aumentar a participação de veículos elétricos globalmente para 30% até 2030.

As montadoras chinesas Beijing Electric Vehicle e BYD, a montadora americana Tesla e a japonesa Nissan foram as principais produtoras. Juntos, eles fabricaram aproximadamente 560.000 dos carros totalmente elétricos do mundo.

Ainda assim, esse número representa menos de 1% do bilhão de veículos que estão sendo dirigidos hoje, de acordo com estatísticas da BloombergNEF para o 2019 Electric Vehicle Outlook.

Distribuindo incentivos
À medida que se dá maior importância à redução das emissões de carbono, mais países estão oferecendo incentivos para construir uma infraestrutura integrada e para encorajar os motoristas a mudar para veículos elétricos.

A Noruega oferece isenção de impostos para compradores de carros elétricos - e 46% dos automóveis no país são elétricos. Shenzhen, na China, é uma das poucas cidades equipadas com uma frota de ônibus totalmente elétricos. Outros, como os Estados Unidos e a Índia, estabeleceram metas para ajudar seus países a permanecer no caminho de uma indústria de veículos sem emissão de carbono.

“Em países ao redor do mundo, onde há um compromisso abrangente com o meio ambiente, a cidade está mais do que disposta a fornecer a infraestrutura de carregamento”, Subodh Mhaisalkar, diretor executivo do Instituto de Pesquisa de Energia da Universidade Tecnológica de Nanyang em Cingapura , disse à CNBC.

Não são apenas carros e ônibus que se tornam veículos elétricos. Outros meios de transporte elétrico, como motocicletas, navios e tuk-tuks - ou riquixás tailandeses, também estão surgindo.

No entanto, ainda podemos estar muito longe de reduzir nossa pegada de carbono, especialmente porque 38% da eletricidade do mundo ainda vem da queima de carvão.

Com a construção de mais veículos elétricos e estações de recarga, a demanda por eletricidade também aumentará. De acordo com as projeções da BloombergNEF, os veículos elétricos farão com que o consumo global de eletricidade suba 6,8% até 2040.

Desafios para montadoras elétricas
Esse não é o único dilema do setor.

A Harley-Davidson se junta a uma lista crescente de empresas que lutam para encontrar um ponto de apoio.

A fabricante britânica de eletrodomésticos Dyson, conhecida por produtos domésticos como aspiradores de pó e ventiladores sem pás, cancelou seu projeto de carro elétrico em outubro.

Dias depois, a Harley-Davidson interrompeu a produção de sua motocicleta totalmente elétrica, conhecida como LiveWire. A decisão veio após a descoberta de um problema com seu mecanismo de carregamento, apenas um ano após a estreia da motocicleta.

Ainda assim, dificuldades financeiras e tecnológicas podem dificultar a entrada dessas empresas tradicionais no setor elétrico.